O Rei que seja Eu
O verbo de ataque
No toque da morte
A força do corte
No verso da sorte
Cabeça de nego
Cavalo de santo
Ruído de espanto
Reverso de pranto
Quebra e quebranto!
No sopro do fole
O vento na brasa
Na forja do ferro
Martelo e bigorna
Retaguarda instante
Avanço rompante
Ímpeto cortante
Vanguarda avante
Leva e levante!
Se tem que ter um Rei
O Rei que seja Eu
Se o Rei se faz na lei
Eu reinarei por mim
Se tem que ter uma Lei
A Lei que seja Eu
Se a Lei se faz no rei
Eu legislarei por mim
Nelson Maca
18 de junho de 2016
Este poema inédito foi generosamente cedido ao Boto por Nelson Maca. Estamos muito gratos! Temos livros do Nelson Maca aqui na Boto!
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(Crédito da foto: Leo Ornelas)