Do Suplemente Pernambuco, 24 Março 2017,
Escrito por Igor Gomes:
“A produção literária indígena é periférica em um nível complexo: além de estar, quase sempre, fora dos centros urbanos, ela existe e persiste destacadamente na tradição oral, “dentro” de uma sociedade que existe e se perpetua pela escrita. “Dentro”, entre aspas, porque eles são aviltados física e simbolicamente há mais de 500 anos– o que permite questionar se houve, em algum momento da História, uma preocupação do Estado em valorizar essas populações.
Viralizou nos últimos dias o sucesso da disciplina de Literatura Indígena na Universidade de Brasília (UnB), ofertada pelo professor Pedro Mandagará. As vagas foram rapidamente preenchidas – talvez por solidariedade à causa indígena e interesse em conhecer melhor a produção artística desses povos. O programa de ensino é baseado na própria produção indígena (a exemplo de autores como Davi Kopenawa ou Daniel Munduruku) e em autores como Mário de Andrade, Claude Levi-Strauss, além dos trabalhos de Claudia Andujar.
Não é a primeira vez que uma disciplina oferta esse conteúdo aos alunos, mas aproveitamos a oportunidade para conversar com Pedro Mandagará sobre a importância dessa arte, nuances da produção oral, a necessidade em discutir o assunto nas universidades e temas afins.” continue lendo no site do Suplemento Pernambuco: